Conversa com Rodrigo Tognini,
Founer da Conta Simples

Rodrigo Tognini no MI5, Alvaro Schocair

Rodrigo Tognini: 9 anos de jornada de tentar empreender, 4 anos de Conta Simples. Tentou empreender com fazer bonés, ficou no zero a zero. Tentou abrir uma fintech (CitraPay) também pra desintermediar maquininhas de pagamento.

Primeiro erro: alugaram um coworking pra desenhar o produto. Quando lançaram, foi fracasso total. Frustração absurda e desalinhamento de sociedade. E ELE FEZ O CURSO DO STEVE BLANK ouvindo get out of the building e tudo mais.

Conta Simples hoje: tese não é hoje o que era. Tem 180 funcionários, 650m transacionados, 150m em investimentos, 200m em saldo e faturando dezenas de milhões por ano. Começaram com banco digital pra empresas e mudaram pra plataforma com sistema de gestão + conta + cartão focada em empreendedores da nova economia.

1 produto, 1 canal, 1 persona, 1 dor. Foco. NICHE TO WIN (procurar paper). Decisões difíceis demais de escolher o que atacar e o que não atacar. Bateu na porta de 80 investidores pra ouvir 5 “sim”. Primeira rodada foram só R$160k. Trabalhava de Reveillon e tudo mais no começo.

Quanto antes você conseguir colocar um protótipo realista na mão do cliente, melhor. Tangibilidade. Essa foi a primeira etapa.

Qual o principal KPI agora? Era receita. Segmentaram clientes por receita e fizeram análise de concentração e encontraram um super pareto (90% receita de 10% clientes). Pega telefone, liga, entrevista presencial, fala tudo e pergunta tudo.

“Sei que não é sexy, mas é o que dá resultado – por que não focar ali? Find 100 customers that love your product” – Aaron Harris.

Do things that don’t scale. Ligava pra todos os clientes que paravam de usar, um a um. Mostrou agenda telefônica de cliente absurdamente grande que normalmente a galera negligencia. PRECISA SENTIR CHEIRO DO CLIENTE. Pede licença, mas não pede desculpa. Se quer ser empreendedor de sucesso, vai ter que “atrapalhar os outros”.

Definição de responsabilidades bem clara (desde o início, foi bem claro por causa de skills dos sócios). Tech tem que ser in house. Um dos sócios ficou 3 meses contribuindo de graça, querendo ajudar, e só depois foi convidado pra sociedade – dava pra ver que o cara estava lá pelo desafio. Fundador do Tinder tá no board dele.

Humildade, trabalho duro, energia e visão de longo prazo. Era isso ou nada.

Ausência de vaidade ao dar sociedade pra turma, pra não ficar chateado que uma pessoa saiu da empresa e depois tá pensando em voltar. EXTREME OWNERSHIP do Jocko é entregue pra todo mundo quando entram na empresa. Isso é construção de cultura.

Tem que ser cara de pau. Se preparava absurdamente pra cada reunião, fazendo perguntas difíceis (e perguntas certas) e passando a melhor impressão possível – mesmo que o cara não tenha interesse em investir em você, você precisa passar essa impressão impecável.

Cultura no início foi “por osmose” – mas osmose é falar sobre, deixar explícito – vivendo com a turma ali. Traz gente parecida. Quando começou a crescer, aí mudou: quando entram novas pessoas na empresa, não é “por osmose”, tem que ter processo e ritual (por exemplo, toda 2ªfeira tem evento pra lembrar da cultura, avaliação de desempenho é com base nisso, processo de contratação tem isso).

Sales pra potencializar processo, mas precisa ser sales driven. Primeiro ter um produto bom e depois vender. DIFERENÇA DE OPINIÃO AQUI ENTRE RODRIGO E CAÍQUE. Tinha um sócio com foco em Vendas desde o início e não foi um processo subestimado. “Vendas é potencializador de um produto bem estruturado”. 

Não sabe por onde começar? Joga a rede grande no mar e veja qual peixe vem. Dar a cara a tapa e faz teste teste teste.

 

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